Batons,
Eucaliptos e Aspirinas já anuncia no próprio título às imagens poéticas
de suas linhas. Os textos são centrados no cotidiano, nas dificuldades
sociais e na relação entre presença/ausência de significados da vida. A
infância que nos deixa, os amores que nos golpeia em lembranças, as
disparidades sociais que nos rodeiam, as angústias e os medos que
sufocam a existência, deixando-a, muitas das vezes, intragável. Reflexão
sobre condicionamento das pessoas e as possibilidades de enxergamos a
vida de forma mais branda também estão nas páginas deste livro.
Em
seu primeiro livro solo, o autor se apresenta com originalidade desde a
sequência propositadamente de seus poemas até a busca de uma
pluralidade. O autor se faz com uma espécie de ousadia acanhada como
quem encanta em versos, esperando a repercussão dos aplausos ao término
de cada ato.
Batons
é um livro de poesia que a partir de imagens inusitadas, busca envolver
o leitor, seduzindo-o a construir o sentido dos poemas. Lacunas são
deixadas propositadamente para que o leitor atribua um significado
plural. Poesia viva que tentará captar ora a atmosfera social, ora
buscará os labirintos daquilo que deixamos para o minuto seguinte, mas
que nos martela às vezes. Ou sempre. Ousadia. Poesia. Batons, Eucaliptos
e Aspirinas é o começo de um turbilhão real que acende e nos aquece por
meio da poesia.