Qual
é a linha que separa a moral da hipocrisia? Qual limite uma pessoa é
capaz de transpor para viver um grande amor? Quais as perdas aceitáveis
em nome da fé?
Isabel
é independente, despachada, não sabe se acredita em Deus e tem uma boca
muito suja. Com vinte anos, já é uma mulher e sabe o que quer da vida
sem, entretanto, aquela obtusa certeza que algumas pessoas têm de que
não mudarão de ideia.
Rogério
é o que se chama bom-moço. Ele não bebe, não fuma e não trepa. Criado
numa família evangélica, mais novo de três irmãos, aprendeu desde cedo a
temer a Deus e ao braço pesado de seu pai. Não desrespeita os mais
velhos, não gasta mais do que ganha, não anda descalço e não come sem
lavar as mãos.
Isabel é o tipo de mulher que Rogério sempre desprezou;
Rogério, o tipo de homem que Isabel nunca respeitou.
Mesmo
com tantas diferenças, a cada passo que davam na direção contrária do
outro, as forças invisíveis do destino os empurravam de volta aos braços
um de um e outro.
Duas
Vidas é um romance que passeia por muitos mundos; que desafia
convenções; que debate crenças religiosas; que faz o leitor questionar
conceitos estabelecidos; mas, principalmente, Duas Vidas é um romance
que promete deixar, quem o lê, totalmente apaixonado.